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Mochilão pela Europa: museus reforçam a relevância cultural de Paris

  • Foto do escritor: Vítor Pires e Franco Santoro
    Vítor Pires e Franco Santoro
  • 6 de ago. de 2023
  • 8 min de leitura

Diário de bordo, parte 2: nossos correspondentes Vítor e Franco detalham o Louvre, Pompidou e o incrível des Invalides, onde Napoleão descansa em paz

Museu Pompidou, Paris
Olha o passarinho! Click no Pompidou, que se destaca pela arte contemporânea (Foto: Franco Santoro)

Uma das cidades mais culturais da Europa, Paris é conhecida também pelos seus belos museus. E eles não ficaram de fora do mochilão dos nossos correspondentes Vítor Pires e Franco Santoro

Lovre e Pompidou com certeza estavam no roteiro. Mas o Museu des Invalides foi o que mais surpreendeu a dupla.

O Museu des Invalides é dedicado ao exército francês, e é um dos lugares mais interessantes para se conhecer. O Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, foi construído a mandato de Luís XIV, em 1670, para abrigar os inválidos dos seus exércitos.

É importante saber disso para entender o que se encontrará por lá: um acervo gigante, que conta a história de inúmeras batalhas francesas. Ele conta com itens de várias partes do mundo. Para quem gosta de história, é imperdível.

No museu estão expostos dezenas de tipos de armas, armaduras, uniformes, documentos de guerra, e tratados e até mesmo o cavalo de Napoleão espalhado. Seu anexo ainda abriga a tumba onde o líder francês está enterrado. Além do imperador, no museu também estão enterrados personagens históricos da França, tais como general Henri Giraud, o marechal francês Visconde de Turenne e Rouget de Lisle, autor de La Marseillaise, o hino nacional francês. Outro destaque fica por conta das coleções permanentes da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, a Igreja Dome e o Museu da Ordem de Libertação.


Cúpula dourada


Napoleão Bonaparte, o comandante militar mais famoso da França, está enterrado em uma cripta aberta logo abaixo da cúpula dourada do Dôme des Invalides.

Seus restos mortais foram enterrados em um sarcófago cor de vinho feito de quartzito e repousa sobre um suporte de granito verde. A decoração é modesta e mínima. Muito incomum para Napoleão, que era conhecido por se importar com cada detalhe.

A decoração ornamentada da cripta é mais do que esperávamos. E é dedicado às batalhas de Napoleão. Oito lugares onde Napoleão foi vitorioso estão gravados no piso de mármore colorido ao redor da base. As estátuas em frente às doze colunas ao redor do sarcófago simbolizam suas bem-sucedidas campanhas militares.

No corredor ao redor da tumba, painéis em relevo nas paredes retratam as conquistas políticas de Napoleão na França durante seu mandato. Exemplos incluem o Código Civil, a Universidade Imperial, o sistema administrativo centralizado e edifícios icônicos. Na parte de trás da cripta, há uma estátua que representa Napoleão como imperador romano.



Museu des Invalides
Após a guerra entre a França e a Alemanha em 1870 surgiu o Museu des Invalides (Foto: Vítor Pires)

No começo, um hospício


  • Por ordem de Luís XIV, um hospital e hospício para soldados velhos e feridos foi construído em 1670. Libéral Bruant foi o primeiro arquiteto a trabalhar no Hôtel des Invalides. Ele projetou o edifício quadrado com o pátio no meio.

  • O Hôtel des Invalides também funcionava como museu desde 1777. Após a guerra entre a França e a Alemanha em 1870, o prédio foi usado cada vez menos como hospital militar e o trabalho para converter o espaço em museus começou a sério.

  • O museu de artilharia foi fundado em 1871 e o museu militar histórico surgiu 25 anos depois. Os dois foram fundidos em 1905. O Musée de l'Ordre de la Libération foi adicionado em 1970.

  • Quando Jules Hardouin-Mansar assumiu o projeto em 1676, ele construiu uma capela real – o que é agora o Dôme des Invalides – e um local de culto para os soldados – que é a Catedral de Saint-Louis. Esse projeto significava que o rei Luís XIV e seus soldados poderiam entrar por duas entradas separadas, conforme ditado pelo protocolo, mas ainda assistir à missa juntos. O painel de vidro na abertura entre as duas partes do edifício não foi adicionado até 1870.

  • Em 14 de julho de 1789, o Hôtel des Invalides foi invadido por manifestantes, que levaram as armas ali armazenadas para a Tomada da Bastilha. Durante a Revolução, o Dôme des Invalides tornou-se o templo do deus Marte. Foi preciso muito esforço para manter o complexo em sua totalidade, mas manteve-se firme como símbolo do poder militar e real.

  • Em 1800, Napoleão Bonaparte decidiu transformar o Dôme des Invalides em um local de descanso militar. Napoleão foi inicialmente enterrado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.

  • O rei Louis-Philippe teve seus restos mortais transferidos para o Dôme des Invalides em uma procissão cerimonial em 1840. Após extensas escavações e trabalhos de restauração na cripta liderados por arquiteto Louis Tullius Joachim Visconti, Napoleão foi finalmente enterrado lá em 1861. Ele sempre quis ser enterrado nas margens do Sena.


“É meu desejo que minhas cinzas repousem nas margens do Sena, no meio do povo francês, que tanto amei”, disse.

Louvre é o mais visitado


A Pirâmide do Louvre, inaugurada em 1989 em frente ao prédio principal do museu, é um dos lugares que mais recebe turistas atualmente. No subsolo da pirâmide, funciona o Carrousel du Louvre, um shopping center com mais de 100 lojas das mais variadas marcas.

Lá encontra-se marcas como Sephora, Printemps, Salvatore Ferragamo, Swarovski, Lacoste e a primeira loja da Apple na França, que está sempre lotada de moradores e turistas. O mal está aberto todos os dias e é possível conhecê-lo junto com um passeio pela região do museu, já que uma visita ao Louvre requer um dia livre. Também conta com um restaurante muito movimentado que abre todos os dias, exceto às segundas-feiras.


A coleção de arte e objetos é vasta no Louvre. No local estão artefatos das mais diferentes partes do mundo, e abrange mais de 9 mil anos de história (Fotos: Vítor Pires e Franco Santoro)


Casa da La Gioconda


A Mona Lisa, também conhecida como La Gioconda é, talvez, a figura mais famosa do Museu do Louvre. Possui o tamanho de A3 (297 x 420 mm) e é uma das obras mais icônicas do mundo. A pintura foi criada pelo artista italiano Leonardo da Vinci entre 1503 e 1519.

Ela retrata uma mulher sentada, que se acredita ser Lisa Gherardini, mulher de um comerciante florentino. O que faz a pintura da Mona Lisa ser tão famosa é seu notável senso de profundidade e realismo, bem como a expressão enigmática no rosto do modelo. A obra tem sido objeto de inúmeras interpretações, teorias e controvérsias ao longo dos anos. Ela se encontra em uma sala especial e climatizada, protegida por vidro à prova de balas e um sofisticado sistema de segurança.

É comum falar da Mona Lisa como uma obra que Leonardo da Vinci, convidado pelo rei Francisco Primeiro, teria levado com ele para a França. A história menciona que um retrato feminino estava com o artista e cientista italiano enquanto se hospedou no castelo de Clos Lucé (também chamado de manoir do Cloux) ao lado de Amboise (castelo do Loire).

A Mona Lisa fez, portanto, parte das coleções reais para ser exposta no castelo de Versalhes durante o reinado de Luís XIV. Ela chegou ao Louvre apenas em 1797.


Estátua grega


Outra atração do Louvre é a Vênus de Milo, também conhecida como Afrodite de Milos. É uma antiga estátua grega. Historiadores sugerem que tenha sido criada entre 130-100 aC e foi descoberta na ilha de Milos, no Mar Egeu, em 1820.

Ela retrata uma mulher parcialmente nua, sem os braços, em pé com o peso sobre a perna esquerda e a direita ligeiramente dobrada. A estátua é esculpida em mármore e tem mais de 2 metros de altura. O rosto e o corpo da mulher são primorosamente esculpidos, com detalhes delicados como as dobras de suas roupas e as mechas de seus cabelos. O que torna a Vênus de Milo particularmente famosa é a sua aparência graciosa e sensual, bem como sua expressão enigmática.

Há ainda no museu a escultura da Vitória Alada de Samotrácia (Pixabay) - A Vitória de Samotrácia, também conhecida como Nice de Samotrácia. Representa a deusa grega Nice, cujos pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas do Santuário dos grandes deuses de Samotrácia.


35 mil peças


Com mais de 60.000 m², o Museu do Louvre é um dos maiores museus do mundo. Abriga mais de 35 mil peças de arte e cerca de 380 mil objetos de Grécia, antiguidades egípcias, arte etrusca e romana, antiguidades do Oriente Médio, arte islâmica, pintura, escultura e artes gráficas.

A coleção de arte e objetos é vasta no Louvre. No local estão artefatos das mais diferentes partes do mundo, e abrange mais de 9 mil anos de história.

Além de sua extensa coleção de arte, o Louvre também é conhecido por sua impressionante arquitetura, incluindo a icônica entrada da pirâmide de vidro projetada pelo arquiteto I. M. Pei.

Desde sua inauguração, o local passou por diversas reformas e ampliações. Todas as intervenções foram feitas para garantir a preservação do edifício e de suas coleções.



Pompidou da arte moderna e contemporânea


Nossa dupla continua o passeio pelo Pompidou. Considerado um dos museus mais famosos do mundo, com um edifício moderno e cheio de canos coloridos, o chamado Centro de Arte Georges Pompidou é o principal espaço de Paris dedicado à arte moderna e contemporânea. Formado pelo conjunto do Museu Nacional de Arte Moderna, biblioteca e sala de cinema, um centro de música e no grande terraço tem um espelho d’água. Segundo Vítor e Franco é deslumbrante.

O Pompidou é imperdível pela arquitetura inusitada, o acervo com grandes nomes da arte mundial e ainda um visual incrível para a cidade de Paris, com direito à Torre Eiffel na cena. Inaugurado em 1977, fica em meio a um dos mais antigos bairros de Paris e exatamente por isso se destaca tanto na cena.

Idealizado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, o Pompidou chama atenção pelo exterior do edifício, que deixa à mostra tubulações coloridas, escadas rolantes, elevadores e toda a estrutura da obra, cercada por aço e vidro. Pode parecer estranho, mas é tão harmônico que o próprio museu é digno de ser a principal peça de arte do lugar.


Andares conectados


O Pompidou conta com seis andares - cada um com 7.500 m² - sendo que todos são conectados por uma escada rolante cercada por paredes tubulares de vidro, e rende incontáveis oportunidades de fotos e vídeos, ou seja, altamente instagramável. É um grande mirante voltado para a Torre Eiffel.

A localização do museu, em meio à antiga região de Beauborg e de frente para uma animada praça, faz com que os moradores da cidade o transformem em quintal de casa. A vizinhança funciona como uma extensão do Pompidou. Ao percorrê-la, mantenha os olhos abertos para as galerias, intervenções urbanas e obras de arte presentes no lugar.

O Centro Pompidou tem a mais importante coleção de arte moderna e contemporânea na Europa, onde as artes visuais caminham junto com o design, arquitetura, fotografia e novas mídias. Ricas com mais de 70 mil obras, as coleções são apresentadas através de vernissages regularmente renovadas.

O Centro de Arte Georges Pompidou é imperdível pela arquitetura inusitada, o acervo com grandes nomes da arte mundial (Fotos: Vítor Pires e Franco Santoro)


Dicas dos mochileiros


  • Como se locomover: Com uma malha metroviária de dar inveja, é muito fácil se locomover por Paris no transporte público. A cidade é muito bem servida pelo metrô e por trem, o que facilita o acesso aos diversos pontos turísticos de interesse. E o melhor de tudo: o valor do bilhete do transporte público é relativamente barato. Andar de ônibus pela Cidade Luz também pode ser uma boa opção, desde que você não se incomode com o trânsito caótico e nem tenha muita pressa para chegar a algum ponto turístico. Nestas duas opções, você também consegue usar o mesmo bilhete do metrô, já que o transporte público é todo integrado.


  • Como chegar: Como toda boa cidade europeia, uma das maneiras mais simples de chegar a Paris é de trem, proveniente de outras localidades do continente. A capital da França tem várias estações reunidas dentro dos 15 primeiros bairros. A mais famosa é a Gare du Nord, que fica, justamente, no centro de Paris. De lá, é possível chegar até Londres, Berlim, Amsterdã, Bruxelas, Cidade de Luxemburgo, entre outras cidades. A Gare d´Austerlitz tem trens que chegam do Vale do Loire, Barcelona e Portugal. Por último, a Gare de l´Est conta com trens vindo de Champanhe, Alsácia, Lorena, Munique e Zurique. Sim, o trem é um meio de transporte que facilitará muito a sua Eurotrip. Outra maneira é chegar de avião, seja vindo do Brasil ou de outros lugares. Do Brasil, há vários voos saindo, diariamente, de diversas capitais com destinos ao Aeroporto Charles de Gaulle.


Perfil


Nossos correspondentes Vítor e Franco são jovens e planejaram esta viagem por mais de um ano. Os amigos residentem em cidades diferentes: Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Mas isso não impediu que combinassem este mocichão.


Vítor Pires
Vítor Pires nasceu em Belo Horizonte tem 26 anos. Formado em Economia pela UFMG, trabalha na empresa de consultoria WBrain.

Franco Santoro
Franco Santoro é carioca e tem 24 anos. Formado em Designer Gráfico pela PUC-Rio, trabalha como freelancer para algumas agências de publicidade


OBS.: Tem mais Paris em outros conteúdos do Viagem Aí, um sobre os museus e outro sobre as fabulosas igrejas.

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